quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma noite qualquer

Já era tarde, a praia estava deserta. Essa era uma noite qualquer, igual a todas as outras. Eu estava sentada observando o mar e pensando na minha vida. Lembrava de momentos de felicidade, de tristeza, de solidão... e principalmente momentos em que estava perto do meu amor. Sentia saudades dele. A última vez que nos vimos foi a mais ou menos três semanas atrás e agora só nos veríamos daqui a dois meses. Isso era tempo demais, eu não aguentaria. E sabe o que me deixava mais angustiada? Saber que quase ninguém se importava com meus sentimentos em relação a isso.
Por que a vida tem que ser tão injusta? Por que as coisas não podem simplesmente acontecerem do jeito que queremos? E por que todos os meus problemas parecem ser invisíveis aos olhos dos outros, uma vez que ninguém percebe pelo que estou passando? Essas são perguntas que, para a minha infelicidade, não tem respostas.
As lágrimas escorriam pelo meu rosto e as ondas realizavam seu contínuo movimento, que parecia ser uma bela dança. Era realmente lindo ficar observando essa paisagem, mas eu não tinha o humor necessário para isso. Por esse motivo me levantei e segui em frente, terminando o trajeto que tinha decidido fazer.
Andava próximo ao mar, sentindo a água tocar meus pés, quando ouvi uma voz me chamando. Era uma voz encantadora, uma voz que me trazia saudades de alguém especial. Não, isso só podia ser imaginação minha. Era impossível que ele estivesse aqui. Continuei seguindo em frente, sem olhar para trás nem por um segundo e aquela voz foi sumindo aos poucos. E novamente não havia mais nenhum barulho além do barulho do mar.
As lágrimas não cessavam. Meu caminhar foi substituído por uma corrida.
Depois de alguns segundos correndo e me concentrando somente em meus pensamentos, ouço passos na areia. Alguém estava me seguindo. Em pouco tempo essa pessoa me alcançou e eu não acreditei no que meus olhos viam.
- Isso só pode ser um sonho. - falei mais para mim mesma.
- Mas não é. - ele respondeu - Eu estou aqui, com você.
Eu o abracei de uma maneira tão inesperada que nós caímos na areia. Nós dois estávamos rindo. Essa era uma noite qualquer, mas definitivamente não era igual as outras. Essa noite estava cheia de mistérios, e quer saber, eu estava adorando.
- Achei que não fosse te ver por muito tempo. - disse.
- E não ia. Mas graças a uma pessoa que quer o nosso bem eu consegui encontrá-la.
Eu sorri e, bom, esse momento foi mágico. Não há palavras que possam descrevê-lo. Nós nos beijamos e depois... bom, o depois não importa!

2 comentários:

  1. Amanda, eu A-M-E-I!!! Ficou muito bom mesmo! Sinto saudades sua! Beijos!!

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  2. Esse foi difícil pra fazer, mas quando sentimos o que nosso texto quer passar tudo fica mais fácil... Também gostei muito e que bom que gostou. Tbem sinto saudades!!! Bjus!

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